quinta-feira, 25 de julho de 2013

Cidade

Quem me intriga são esses pequenos vermelhiscos que brilham sobre a neblina, lá do alto dos grandes andares. Aonde ir, aonde parar, as asas noturnas devem se preocupar com destino. Mesmo sob a suave sequidão enólica, o frio corrói, mais ou menos que as lembranças ou as lambanças.
Cada um que aparece, cada um que se deixa passar, a vida é curta, nunca deixe de amar.
A vista de campo é bela, mas a vontade é de se infiltrar e se deixar levar é mais.

terça-feira, 17 de julho de 2012

Esclarecimento Sobre Epitáfios

A culpada é uma mulher estranha. Não sei de onde, nem quantos anos, muito menos o nome de quem a acompanhava. Sei apenas que sua sugestão poderia até mesmo ser ingênua, mas desencadeou uma série de fatos perversos cujo desfecho se posterga até hoje.
Errei em aceitar um conselho que nem a mim havia sido dirigido, mas soprado a mim veio, e por mero acaso, ou não, decidi acatar. E esse vento, tal qual uma brisa errante das madrugadas, marcou na nossa raíz, uma sombra.
No entanto, a vida por possuir tantas maravilhas, sejam elas cidades ou pessoas; guarda consigo a sutil doçura da incerteza, um fato, e aceitá-lo-hão aqueles que desejam ser felizes.

domingo, 15 de julho de 2012

Um Vulto na Ventania

...E de tão veloz se consumir o itálico, o resto caiu para o outro lado.

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Espírito Universitário

Puro e Simples:
http://www.rjshaughnessy.com/

domingo, 20 de maio de 2012

Inconclusões


1.
Se a vida é um circo de ilusões 
do que adianta mentir e correr
do que adianta ser leão,
ser rei e doer

2.
E ai?
Aqui dentro ou lá fora?
lá o tempo anda, aqui a gente enrola
só pra não ver o tempo passar, em segredo
aqui não há medo, nunca houve
...lá vem o cara mandar a gente ir embora



terça-feira, 17 de abril de 2012

Promessas

Só pra dizer que aqui ainda há algo que vive, e o projeto não foi esquecido! A proposta está sendo elaborada, e fico muito feliz em dizer aos leitores (a.k.a eu mesmo) que em breve haverá movimento por aqui!



(Só pra firmar compromisso)

sábado, 3 de março de 2012

Stormy Weather



Estava hoje com esta foto na cabeça, digo, com uma foto da mesma paisagem, mas olhando para o outro lado. A outra que era deveras menos interessante, porém mesmo assim estava ocupando meus pensamentos.

Por quê eu digo isso?

Não vou dizer, nem sei se eu realmente sei o porquê. Mas essa foto, que deu uma trabalheira danada pra ser tirada, mas não é melhor que a outra que mostrava a mesma paisagem, escura e estática e invadida pela ação do homem, e em nada mais bonita. Mas mesmo assim provou seu valor ao retomar o momento na minha memória.

Confesso ser chato pra tirar foto, normalmente não gosto de tirar fotos a pedidos e sei que perco muitos registros potencialmente bons nessas broquices. Porém toda foto que eu tiro é como se fosse uma obra de arte pra mim. Não sei se os outros veem algo demais, ou se é só uma Monalisa minha, algo que todos sabem do valor que deve ter, mas que poucos realmente se sentem tocados; mas toda vez que eu revejo uma foto minha, se abre todo um leque de lembranças, todo um mundo veem a tona. E isso vem disfarçado na forma de algo belo.

E a melhor sensação é quando eu lembro de uma foto, e anseio por revê-la, e aí ela aparece junta de tantas outras, referentes a tantas memórias diferentes.

E aí que eu me pergunto, e os outros que as veem?

Será que o prazer que eu tenho ao ver minhas próprias fotos são algo tão único, pessoal e intransferível? Que os outros sentem apenas a beleza, e nada do contexto, que só o próprio autor aproveita de fato?
E será que eu mesmo agrado aos outros com meus pedaços de memórias, mesmo que eles não saibam que no fundo é o que as fotos são?
Que a seletividade que eu tenho para registrar um momento é apenas quando eu tenho realmente algo pra transferir àquela foto?

Será que todos esses devaneios agradam ao senhor leitor, ou serão eles tão pessoais quanto as próprias fotos? É algo a se ponderar.



(ou não.)